SEGUNDO ESCÓRCIO ESSA "AJUDA" ERA UTILIZADA PARA DAR CAIXÕES, RECEITAS MÉDICAS E PASSAGENS PARA SEUS ELEITORES
Chiquinho Escórcio |
O folclórico deputado federal Chiquinho Escórcio (PMDB-MA), “useiro e vezeiro” em suas bravatas, protagonizou mais uma cena de repercussão nacional, ao defender a permanência do 14º e 15º salários para deputados e senadores, expondo de maneira clara como é que consegue ser deputado, se aproveitando do assistencialismo eleitoral ao afirmar que utiliza esse dinheiro para pagar caixões e passagens para eleitores menos favorecidos que visitam seu gabinete.
Provavelmente, quase certo, que esses eleitores são do Maranhão, um estado onde as eleições em sua grande maioria são compradas voto a voto. Desde a dentadura, a receita de remédios, o milheiro de tijolos e até mesmo o Caixão para enterrar o defunto, são instrumentos de troca, artifícios utilizados para se conquistar o voto numa total indecência e promiscuidade eleitoral.
Se o parlamento brasileiro fosse mais sério, no mínimo Chiquinho Escórcio seria levado á comissão de ética para se explicar sobre isso.
Em Imperatriz, as palavras do deputado foram recebidas com espanto, pois dizem por aqui que ele mais uma vez quis apenas “aparecer”, já que é um tremendo “muquirana”, o popular “mão de vaca”, incapaz de meter a mão no bolso para ajudar quem quer que seja.
“Bom, só se for com esse dinheiro dos salários extras, pois atirar com pólvora alheia é fácil, quero ver gastar sua própria muncição...”, disse um eleitor hoje pela manhã numa roda de bate papo na entrada da Câmara Municipal de Imperatriz.
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Divulgação
Francisco Escórcio (PMDB-MA) discursa no plenário. |
A Câmara aprovou na quarta-feira (27) um projeto que limita o pagamento de 14º e 15º salário para deputados e senadores, mas a decisão contrariou alguns parlamentares.
Em entrevista à rádio CBN, o deputado Francisco Escórcio (PMDB-MA) criticou a medida, e alegou que utiliza o dinheiro para pagar "caixões e passagens" para eleitores menos favorecidos que visitam seu gabinete.
Essa ajuda de custo, porém, é destinada para suprir a necessidade que os parlamentares têm ao se mudar, com suas famílias, para a capital, no início e no final de cada ano durante o recesso.
Ontem, o deputado Newton Cardoso (PMDB-MG) se pronunciou abertamente contra o projeto.
"Eu vou abrir mão sim, mas é preciso ajudar aqueles que precisam desse dinheiro. Acho uma deslealdade com estes deputados cortar o salário deles. Acho errado! Pago para trabalhar aqui, pago caro", disse.
Os vencimentos mensais dos parlamentares são de R$ 26.723,13.
"É um clientelismo e assistencialismo sem igual. O deputado deveria fiscalizar o poder executivo, e não oferecer estes favores. Caso a entrega dessas benesses esteja condicionada ao voto no próximo pleito, pode ser caracterizado o crime eleitoral da compra de votos", afirma Helio Silveira, advogado especialista em sistema eleitoral.
A reportagem tentou entrar em contato com Escórcio, mas ele não foi encontrado em seu gabinete.
O projeto de decreto legislativo, de autoria da ex-senadora e atual ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann (PT-PR), já tinha sido aprovado há cerca de nove meses no plenário do Senado.
Ao extinguir os salários extras, o projeto prevê que os parlamentares ainda continuem recebendo dois salários a mais, um no início e outro no final do mandato. Ou seja, para os deputados, a cada quatro anos; para os senadores, a cada oito anos. (Uol)
Fonte:http://josuemoura.blogspot.com.br/2013/02/chiquinho-escorcio-lamenta-perda-do-14.html?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed:+BlogDoJosuMoura+(Blog+do+Josu%C3%A9+Moura)
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