Para a infelicidade do presidente da EMBRATUR, Flávio Dino (PCdoB), ainda rende as declarações intempestivas e infundadas dadas por ele no último fim de semana na cidade de Imperatriz (reveja aqui). Desta vez foi o desembargador José Joaquim Figueiredo dos Anjos que reagiu as acusações de Dino.
José Joaquim era o corregedor e vice-presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão em 2010, ano das eleições ditas fraudulentas por Flávio Dino. O desembargador, durante a sessão do Pleno do Tribunal de Justiça realizada na quarta-feira (27), solicitou da Presidência do TJ o envio de expediente à Corte Eleitoral, pedindo a abertura de inquérito na Polícia Federal para apurar as acusações feitas pelo presidente da EMBRATUR.
O desembargador afirmou também a possibilidade de acionar Flávio Dino cível e criminalmente, caso as acusações feitas por ele não sejam comprovadas.
“Diante da notícia que foi publicada, eu levei o assunto para o Pleno e pedi que a presidência encaminhasse um ofício ao TRE, para que fosse oficiada a PF para instaurar inquérito para apurar a veracidade daquele fato que está ali narrado. Se não ficar provado, ele [Flávio Dino] será acionado civil e criminalmente, não tenho a menor dúvida”, declarou ao jornal O Estado do Maranhão.
José Joaquim ainda classificou como irresponsabilidade a atitude tomada por Flávio Dino.
“Na época, isso foi até objeto de um procedimento. Um perito veio ao Maranhão, arguindo que houve fraude na urna eletrônica. Então eu determinei que ele acompanhasse todo nosso trabalho direto no setor de informática. Depois de três anos, ele vem com essa irresponsabilidade. Eu não posso admitir. Se tinha mácula, ele teria que dizer. Se ele não disse à época, agora terá que provar isso aí. O que não pode é pairar dúvidas”, completou.
Ainda na reportagem de O Estado do Maranhão, Flávio Dino assegurou que é totalmente a favor das investigações.
“Sou a favor da plena apuração das suspeitas de crimes e de outros ilícitos praticados em 2010. Espero que haja a instauração de inquérito na Polícia Federal”, afirmou.
Pelo visto ainda teremos alguns desdobramentos sobre esse episódio.
Desembargador José Joaquim Figueiredo dos Anjos |
São Luis - O ex-juiz e ex-deputado e atual presidente da Embratur Flávio Dino, que chefia o PCdoB no Maranhão, pode pagar preço alto pela maneira agressiva e destemperada como atacou a Justiça Eleitoral do Maranhão ao afirmar que o resultado da eleição para governador em 2010, quando a governadora Roseana Sarney se reelegeu no primeiro turno, batendo ele, Dino, e Jackson lago juntos, foi fraudado "na calada da noite".
A declaração, feita numa reunião do PDT em Imperatriz, surpreendeu o mundo político e indignou magistrados. O desembargador aposentado Raimundo Cutrim, que presidiu as eleições daquele ano, criticou o ataque e disse que Dino tem consciência de que o pleito foi limpo. O juiz eleitoral Sérgio Muniz foi mais longe e classificou as palavras de Dino como as de um desequilibrado.
Ontem, o desembargador José Joaquim Figueiredo dos Anjos (foto), que era o corregedor eleitoral nas eleições de 2010, reagiu às declarações de Dino pedindo à presidência do Tribunal de Justiça que peça uma investigação federal naquele processo eleitoral e que o candidato derrotado seja chamado às barras da Justiça para comprovar suas declarações.
Conhecido pela sua independência e determinação, Figueiredo dos Anjos disse não ficará de braços cruzados até que as declarações de Dino sejam devidamente apuradas. E afirmou que, se o presidente da Embratur não comprovar o que disse em Imperatriz, terá de responder pelo que disse. Ou seja, poderá ser processado por injúria e difamação se não comprovar o que declarou na reunião do PDT em Imperatriz. No meio político, todos estranham o fato de o ex-deputado, que já perdeu duas eleições majoritárias, esteja recorrendo ao recurso de injuriar e difamar graciosamente a Justiça Eleitoral na tentativa de viabilizar sua candidatura a governador.
Coitadinho
Os aliados do ex-deputado Flávio Dino (PCdoB) passaram o dia de ontem tentando apagar o incêndio causado pela agressão dele à Justiça Eleitoral. E se esforçaram para responsabilizar a imprensa de jogar o comunista contra os membros da Justiça Eleitoral. O único responsável por jogá-lo contra a Justiça foi ele próprio.
Coluna Estado Maior
Jornal O Estado do Maranhão
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