Se Cutrim espremer o jornal, jorrará sangue de suas páginas |
Não gosto de fazer comparações, mas será inevitável narrar aqui um pouco das diferenças nas gestões do ex-secretário Raimundo Cutrim e o atual Aluísio Mendes.
Quando esteve à frente da SSP/MA (1997 a 2006), Raimundo Cutrim encontrou a secretaria em situação caótica. Naquela ocasião a população não acreditava na Polícia; o efetivo era mínimo; as instalações eram péssimas e insuficientes; o crime organizado permeava as instituições, tendo a ousadia de vitimar um delegado de polícia em plena luz do dia; os equipamentos eram obsoletos; viaturas velhas, quebradas e insuficientes; (a Polícia Militar e a Polícia Civil tinham menos de 200 viaturas e ao sair ele entregou com 1.123 viaturas), no interior do Estado as delegacias eram chefiadas por delegados sem a devida qualificação.
A polícia naquele período só dispunha de equipamentos ultrapassados, sem nenhuma condição para que o policial pudesse defender o cidadão. Foi um momento difícil para a sociedade maranhense. Mesmo com um panorama desanimador, o então secretário Cutrim desenvolveu um trabalho que todo o Maranhão e o Brasil conhece. No mesmo ano de 97, por solicitação do então secretário, o Estado realizou concurso para a Polícia Civil, contratando 670 novos profissionais (somente no primeiro concurso) assim distribuídos: 200 delegados, 300 agentes, 100 escrivães, 15 médicos legistas, 15 auxiliares de legista e 40 peritos criminalísticos.
Cutrim assumiu em 1997, uma situação muito difícil e o crime organizado estava imperando no Maranhão. Ele conseguiu no ano 2000 deixar o Maranhão como o estado com menor índice de violência, em 2005 ficou com o terceiro lugar no ranking nacional.
Secretário Aluísio Mendes, falta segurança no estado |
Atualmente vivemos em um estado de extrema violência com uma política de segurança ineficiente e sem perspectivas de assegurar ao cidadão o direito de ir e vir, assegurados na nossa constituição.
O atual secretário disse que o estado estava trabalhando para dar uma resposta à sociedade. Na verdade muitas das vezes esta resposta é dada com o número inferior as mortes ocorridas. Dados mostram que mais de 170 pessoas foram mortas no presídio maranhense desde de 2007. Nunca se matou tanto dentro do presídio (muitos decapitados) e lamentavelmente isso se tornou uma constante nos dias atuais. No período de 2011 a 2012 o número de homicídios cresceu 17,4%. Os crimes de pistolagem que nos últimos meses vem acontecendo no interior do estado só aumentam a cada dia e não vemos elucidação.
Todas as estratégias da secretaria de segurança são falhas e prova disso são os ataques a pessoas inocentes na capital nos últimos dias, o próprio órgão reconhece que a ordem para atacar os ônibus partiu de dentro do presídio, o que nos mostra claramente a fragilidade do estado para garantir a segurança.
Hoje o cidadão vive assombrado, pois a criminalidade tomou conta das ruas e não vemos ações que neutralizem os infratores. Sem poder dar uma resposta para a sociedade, o colapso admitido pelo governo demonstra que o estado precisa mais que urgentemente de intervenção.
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