segunda-feira, 11 de junho de 2012

No jogo político imperatrizense, Madeira e Porto tentam obter vantagem na corrida até outubro



Com os últimos movimentos de Jean Carlo (PDT) em romper com Madeira, o ninho tucano se sentiu pressionado, por mais que queiram desconversar sobre tal, em escolher de imediato Pastor Porto (PPS) como vice-prefeito. Abordamos isso ontem. Viramos a página então.


fonte  (Foto: Samuel Souza)
Ainda ontem Porto conversou pessoalmente com a direção local do PCdoB e disse que a decisão tomada pelo próprio diretório estadual do seu partido prevaleceu. Não escondeu o desejo de seguir os planos de Flávio Dino, que lhe ofereceu possibilidades de conduzir o processo político na região tocantina em 2014, desdobrando até mesmo em ser seu vice ou lançar-se deputado federal com apoio total dos comunistas. Se por um lado não faltou por parte do PCdoB sinalizações política de projeção a Porto, faltou para uma parte do PPS, além de ir de encontro aos planos nacional de conjecturou com o PSDB paulista. Essa última parte, foi a que Porto falou na entrevista coletiva na casa de Madeira.

Faltou habilidade do PCdoB com o PPS. No jogo político, se ganha umas peças, perde-se outras. Madeira perdeu o PDT, digamos, de forma institucional. Jogou no próprio movimento de Pastor Porto em fazer o dever de casa com dona Clay Lago em São Luís. Manteve a cota da família Lago e a lembrança do nome do ex-governador Jackson, além de arriscar na hipótese que Carlinhos Amorim não se lança de forma alguma como candidato.

Paulo Matos, presidente estadual do PPS, Pastor Porto e Madeira:
um olhar distante para 2014 ao lado de Flávio Dino
(Foto: Samuel Souza)
Sorte ou não, Madeira conseguiu neutralizar um pouco a frente de oposição formada pelo reticente PDT com o PCdoB, PT e PSB. Se o PSS tivesse ido compor com eles e Porto fosse o escolhido, dona Clay disse a ele que não participaria da campanha em Imperatriz para não atrapalha-lo, não subindo então no palanque de Madeira. Iria ficar neutra. Clay Lago assegurou que como não tinha mais o PDT estadual ao seu lado (ao qual chama de “corja”), caso Porto desistisse da ideia de ser pré-candidato a prefeito, iria intervir para ele ser vice de Madeira, pedido que não tinha como negar, apesar de tentar cozinhar por alguns dias em detrimento de seu enamoro com o governo de Roseana.

Porto confidenciou que a artilharia será pesada para com ele e que as chances de aproximação com Flávio Dino será minada. Na entrevista coletiva, demonstra certo desconforto. Sério e medido as palavras, ainda que cutucando Carlinhos Amorim e Ildon Marques (“Madeira é um prefeito presente, não acorda tarde e nem se esconde em fazenda e nem no exterior”, disse ele), só descontraiu quando fora indagado se torcia pro Vasco. Assim como o time carioca que ganhou a graça de ser “sempre vice”, Porto mesmo fez questão de dizer que é PhD no assunto: foi vice de Jomar Fernandes, vice duas vezes de Jackson Lago e agora vice de Madeira.

Vale ressaltar que, apesar de soar capcioso, Porto disputou como vice de Jomar e perderam a eleição; Como vice de Jackson, o mandato foi cassado; Na disputa de governador e vice novamente de Jackson, perderam a disputa. São cenários e tempos diferentes, mas no futebol, históricos assim não é nada bom no imaginário dos torcedores.

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