Penitenciária de Pedrinhas é interditada por tempo indeterminado
O juiz Jamil Aguiar da Silva, titular da 1ª Vara de Execuções Penais de São Luís, decidiu manter a interdição total da Penitenciária de Pedrinhas, desta vez, por tempo indeterminado. A medida foicomunicada pelo magistrado ao presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Guerreiro Júnior. "Foram dados sucessivos prazos, todos esgotados, e não foi cumprido o regular funcionamento a prisão", declarou Aguiar ao entregar a portaria de interdição (Nº 37/2012) ao presidente do TJMA.A decisão foi tomada após inspeção realizada quarta-feira (13), quando foi constatado que os serviços e obras de restauração física e sanitária dessa unidade penal - que deveria ser realizados por determinação judicial até maio deste ano - foram feitos apenas no setor de saúde e em 19 celas. Estão pendentes a recuperação de duas salas coletivas e de três de cinco pavilhões. Em dois deles as obras estão em andamento.A medida implica na proibição do ingresso de presos, e, temporariamente, da visitação de terceiros - exceto parentes. A interdição vai permanecer até que a Secretaria da Justiça e da AdministraçãoPenitenciária adote as providências necessárias para restauração de pavilhões e telas dessa unidade penal, com remoção de entulhos e lixo.De acordo com a portaria, será realizada inspeção extraordinária mensal na penitenciária durante 90 dias, para acompanhamento e avaliação dos serviços e obras que serão executados. Foi fixado ainda o prazo de cinco dias para que a SEJAP e a empresa VRM prestarem informações sobre o cronograma de serviços, obras e prazos, para restauração total da penitenciária.O juiz solicita à Corregedoria Geral da Justiça que recomende a criação de mecanismos em suas comarcas que possibilite o retorno dos presos do regime fechado após a progressão da pena ao regime semiaberto, bem como evitar o envio de novos presos do semiaberto para cumprimento de pena na capital.Antecedentes - Aguiar explicou que no ano passado a penitenciária foi interditada parcialmente e foi fixado o prazo de 90 dias para sua restauração. Após nova inspeção foi constatado o não cumprimento da medida e determinada a interdição total da unidade, até o dia 25 de dezembro de 2011.Após nova inspeção realizada em janeiro deste ano, foi constatado que as obras ainda estavam em andamento, mas que seriam concluídas até maio o, quando o prazo da interdição foi prorrogado por mais 120 dias, já decorridos.
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