quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Prefeituras saqueadas, estado empobrecido


A face mais cruel do sequestro de boa parte das prefeituras maranhenses pelo crime da agiotagem é aprofundamento da miséria no Maranhão.
Se é verdade que o longo tempo do grupo Sarney no comando político do Estado favoreceu o surgimento de tudo que é tipo político, cujo crescimento fugiu ao controle do grupo, não é menos verdadeiro que a nossa oposição ainda não tomou o devido cuidado na hora da escolha dos candidatos que concorrem ao cargo de prefeito pelo maranhão afora.
Depois da promulgação da Constituição de 88, os município ganharam papel fundamental na construção da cidadania e, por conseguinte, na promoção de políticas públicas básicas (saúde, educação, saneamento etc). A concepção é que a vida existe é nas cidades, nos municípios. O cidadão não mora nos estados ou no país, mas sim na comunidade de determinado município.
Nesse sentido, os municípios maranhenses recebem bilhões de reais anualmente de várias formas, sendo as chamadas transferências voluntárias (FPE, FPM, FUNDEF, SUS etc) formam o arcabouço financeiro principal das finanças municipais.
A grande maioria do nossos prefeitos é muito ruim, despreparada administrativamente, desqualificada politicamente e eticamente inexistente. Seria uma festa contar nos dedos das duas mãos e encontrar uma boa quantidade de prefeitos maranhenses que mereciam estar no comando da gestão local.
Estamos em ano de eleição. É hora de olhar e comparar os candidatos que apresentam para a disputa de prefeito. Comece desconfiando de quem promete resolver todos os problemas da sua cidade; desconfie mais ainda das campanhas que esbanjam dinheiro e economizam em propostas reais; se o candidato concorre à reeleição, o eleitor deve fazer um balanço crítico do que foi feito, o que não foi feito e porque não foi feito. Quem não trabalhou bem no primeiro mandato, dificilmente fará algo melhor no segundo.
Enfim, o desafio é melhorar a representação do povo nas prefeituras e eleger candidatos preparados, que conhecem os problemas da cidade e estabeleçam uma gestão republicana em toda plenitude.
Candidato que só quer “se dar bem” é sócio da rapinagem que assola, não somente as cidades, mas afoga o estado nos péssimos índices socioeconômicos historicamente apresentados.

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