O ministro Ricardo Lewandowski, revisor da Ação Penal 470 (“mensalão”) no Supremo Tribunal Federal (STF), acaba de votar pela absolvição de João Paulo Cunha dos crimes de corrupção passiva (receber vantagem indevida), peculato (apropriar-se de bem público) e lavagem de dinheiro.
O ministro revisor considerou não haver provas de que o deputado João Paulo tenha usado a condição de presidente da Câmara dos Deputados para beneficiar a agência SMP&B, de Marcos Valério.
Cunha presidiu a Câmara entre 2003 e 2005 – o escândalo do mensalão foi revelado em 2005. Atualmente, ele exerce o quinto mandato consecutivo de deputado federal pelo PT. (Com informações do G1)
Conheça a seguir um pouco da história desse grande brasileiro chamado João Paulo Cunha:
João Paulo Cunha: de engraxate a presidente da República
Os anos dedicados à política já representam mais da metade de sua vida. Mas, antes deles, o que pouca gente conhece é a trajetória de um menino que, bem antes de ocupar esses cargos, precisou trabalhar duro, até como engraxate, para ajudar no sustento de casa.
João Paulo nasceu em Caraguatatuba, em 6 de junho de 1958, filho de um metalúrgico e de uma empregada doméstica. Aos 6 anos, em 1964, veio junto com a família para Osasco, mudando-se para o Jardim da Flores. “E de lá só saí para casar. Comprei minha casa na Vila São José, onde vivo até hoje”, relata.
Foi ao lado da mãe que conseguiu o primeiro trabalho, aos 12 anos. Os dois pegavam o trem, em Quitaúna, e seguiram para uma produção caseira de detergente. Enquanto ela trabalhava como doméstica, ele enchia os frascos de detergente. Depois, foi engraxate, balconista e metalúrgico, mesmo período em que estudava, no período noturno, nas escolas Major Telmo Coelho e João Larizatti.
Aos 17 anos, decidiu unir-se ao pai e à irmã, tornando-se metalúrgico, e engajou-se nas lutas operárias. Além disso, durante toda a juventude, militou nas comunidades eclesiais de base da Igreja Católica, fazendo parte ainda do grupo de jovens da paróquia da Imaculada Conceição, no Km 18.
Nesse trajeto, também disputou três vezes a Prefeitura de Osasco, perdendo para Francisco Rossi em 1988, para Celso Giglio em 1992 e para Silas Bortolosso em 1996. E, entre 1995 e 1997, foi presidente do Partido dos Trabalhadores no Estado de São Paulo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário